Querido Eventuário

Aí dia 26/11 teve show, o tal do Claro que é Rock e eu fui. Faz tempo, né? Mas como minha memória não é lá essas coisas deixo esse relato para os neurônios que me restarem no futuro se eu lembrar o endereço do blog. Os shows:

- Cachorro Grande: Foi o melhor show da tarde. Já tinha visto os caras tocarem no Expresso Brasil (tradicional casa de reggae-axé-forró da Zona Leste) e lá eles quebraram tudo mesmo. No Claro que é Rock fizeram um show bem comportadinho para uma platéia que chegou às 4 da manhã para ver o show das sete da noite, do...

- Good Charlotte: Todo mundo tem um apelido engraçadinho pra essa banda. O meu é "Cu de Charlotte". Foi o maior show da noite. Não acabava nunca, pelamor! Me senti ouvindo o CD "os maiores big hits de todos os tempos do Malhação". No final o vocalosta (foi erro de digitação mas ficou legal!) limpou a bunda com uma toalhinha e jogou para a platéia, que, óbvio, se matou para arrancar um pedacinho com os dentes mesmo (eca). Além de original (bandeira do Brasil, frases em português, sacoméssascoisa), o vocalista era bem irônico: vestia uma camisa do Misfits.

- Nação Zumbi: Foi o melhor show da noite. O Maracatu de uma tonelada continua pesando uma tonelada. Só ouvindo para ver. Como eu já tinha visto anteriormente um show deles resolvi ir pro outro palco ver de perto o...

- Fantômas: Foi o melhor show da noite. Mike Patton é muito querido por aqui desde os tempos do FeNeMê. O que tinha de gente com camiseta deles e perguntando se ia rolar cover não tava escrito. Claro que não rolou. Tive que ouvir de um cara do meu lado que ele achava o baterista muito novinho... Na boa, Terri Bozio deixou há muito tempo de ser "um dos bateristas do Frank Zappa". Mas tudo bem, ninguém tem a obrigação de gostar de música ruim como eu. Foi legal demais. Aí acabou.

- Flaming Lips: Foi o melhor show da noite. O vocalista desceu de nave espacial no meio da platéia dentro de uma bolha, voltou pro palco, que estava cheio de gente vestida de bichinho, solzinho, dinossaurozinho. Foi um show bem fofo, legal mesmo. Além das músicas deles tocaram dois covers: Bohemian Rhapsody do Queen, num mega-super-hiper-karaoke gigante no telão e gente que torce o nariz pra essa música cantando e pulando, e War Pigs do Black Sabbath, em homenagem a George Bush. Ganhou a platéia. E o baterista ganhou um fã.

- Iggy Pop: Foi o melhor show da noite. Não dá para acreditar em Iggy Pop. Ele não existe, na verdade. Ele não existe.

- Sonic Youth: Foi o melhor show da noite. Engraçado que pouco antes dos primeiros quinze minutos de microfonia ouvi um fã falando "vamos juntar uma galera e montar um cover do Fantômas pra ganhar dinheiro ano que vem". 'Tão tá. Bem, Sonic Youth é mágica, de ouvir de olho fechado e viajando. Enquanto não começa a microfonia do final de algumas músicas, porque aquilo enche um saco exatos 77 segundos depois do início. Para quem não é fã, claro.

- Nine Inch Nails: Foi o melhor show da noite. Infelizmente era o tipo de som que eu não curtia nas gravações originais e como eu estava quebrado (afinal não sou nenhum Iggy Pop, que não existe, aliás) resolvi cometer uma atrocidade: ir embora. Enquanto me afastava do palco via as luzes e ouvia o som e pensava em como sou babaca.

Enfim, foi legal. A organização estava boa, tinha banheiro pra caramba de um lado e pouquíssimos do outro, a comida estava cara e a cerveja ruim, o estacionamento era longe e caro, ou seja, tudo normal para um show de rock dessas proporções (parei de contar quando estava nas 25000 pessoas).

Acabou.

Era canhoto, mas vivia medindo o pé direito.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog