Volta e meia a gente recebe elogios que nos acompanham a vida inteira. Ano passado a empresa promoveu um jogo de futebol feminino. Esse eu ia assistir. A moça da limpeza estava em minha sala e fiz a velha brincadeira sem graça: vou ser massagista do jogo. Ela, dona de belos olhos verdes, traços delicados e uma desinibição cativante, disse que se isso acontecesse todas as mulheres iam fingir estar machucadas para que eu pudesse atendê-las. Ah, como é bom ter o ego, er, massageado desta forma!

Logo depois a moça teve seus horários alterados e foi contratada para trabalhar na produção da empresa. Nunca mais a vi. Volta e meia lembrava de seus olhos e me perguntava por onde andaria. Hoje soube que numa viagem de moto com o namorado neste carnaval houve um acidente. Nunca mais a verei. Eta vida besta, meu Deus.

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