Bicicleta - parte 2
Comecei a andar à noite para pegar menos trânsito. Gradualmente e rapidamente o preparo físico melhorou e cheguei a aguentar passeios de duas horas, geralmente aos domingos de manhã. Descobri que tinha uma boa resistência. Ainda tenho. É engraçado quando a molecada me passa voando na descida e eu os deixo comendo poeira na subida. Uma leve sensação de vingança.
Existe um velho chavão dos motociclistas que serve para os ciclistas: se você ainda não caiu é porque ainda vai cair. Aconteceu comigo. Numa descida leve me atrapalhei com um carro que nem estava tão perto assim e minha roda dianteira encaixou numa das famigeradas calhas tipo mata-ciclista, tão comuns na cidade. Quem viu a cena deve ter achado engraçado minha tentativa frustrada de não cair. A bicicleta parecia um touro de rodeio. Aí veio o cháo. Não usava capacete na época e bati a cabeça a poucos centímetros da guia. Por sorte apenas abri o supercílio e o dedo anular esquerdo enroscou no guidão, o que provocou uma luxação.
Caí em frente a um posto de gasolina e os frentistas vieram me ajudar. Adrenalina é um ótimo analgésico. Não sentia dor física, só psicológica. O dedo todo torto, fora do lugar, coisa feia de se ver. Pedi a um deles: puxa pra mim, por favor? O cara ficou branco e mudei de idéia quando percebi que eu é que teria que socorrê-lo. Guardaram minha bicicleta, arranjaram uma sala pra eu ficar e chamaram a polícia. Primeiro, único e espero que último passeio de viatura que fiz. Me deixaram no hospital e depois conto o resto que tá grande e chato. Não, conto agora: Me costuraram, anestesia na mão (a aplicação doeu mais do que tudo o que senti até ali) e uma tala que moldou meu dedo, deixando-o ligeiramente torto até hoje. É a minha aliança com as bicicletas.
Parte 1
P.S.: Aproveitando o mote, participei do pedal do silêncio. Primeira vez que pedalei em grupo. Muito legal o povo todo. Sexta agora (30/05) participo da bicicletada. Vai um dia lá!
Comecei a andar à noite para pegar menos trânsito. Gradualmente e rapidamente o preparo físico melhorou e cheguei a aguentar passeios de duas horas, geralmente aos domingos de manhã. Descobri que tinha uma boa resistência. Ainda tenho. É engraçado quando a molecada me passa voando na descida e eu os deixo comendo poeira na subida. Uma leve sensação de vingança.
Existe um velho chavão dos motociclistas que serve para os ciclistas: se você ainda não caiu é porque ainda vai cair. Aconteceu comigo. Numa descida leve me atrapalhei com um carro que nem estava tão perto assim e minha roda dianteira encaixou numa das famigeradas calhas tipo mata-ciclista, tão comuns na cidade. Quem viu a cena deve ter achado engraçado minha tentativa frustrada de não cair. A bicicleta parecia um touro de rodeio. Aí veio o cháo. Não usava capacete na época e bati a cabeça a poucos centímetros da guia. Por sorte apenas abri o supercílio e o dedo anular esquerdo enroscou no guidão, o que provocou uma luxação.
Caí em frente a um posto de gasolina e os frentistas vieram me ajudar. Adrenalina é um ótimo analgésico. Não sentia dor física, só psicológica. O dedo todo torto, fora do lugar, coisa feia de se ver. Pedi a um deles: puxa pra mim, por favor? O cara ficou branco e mudei de idéia quando percebi que eu é que teria que socorrê-lo. Guardaram minha bicicleta, arranjaram uma sala pra eu ficar e chamaram a polícia. Primeiro, único e espero que último passeio de viatura que fiz. Me deixaram no hospital e depois conto o resto que tá grande e chato. Não, conto agora: Me costuraram, anestesia na mão (a aplicação doeu mais do que tudo o que senti até ali) e uma tala que moldou meu dedo, deixando-o ligeiramente torto até hoje. É a minha aliança com as bicicletas.
Parte 1
P.S.: Aproveitando o mote, participei do pedal do silêncio. Primeira vez que pedalei em grupo. Muito legal o povo todo. Sexta agora (30/05) participo da bicicletada. Vai um dia lá!
Comentários