Azuls

Eu nem gosto muito de blues. Sinto a mesma coisa quando ouço reggae: me canso logo. Duas músicas e já quero sair correndo. Mas ao vivo é diferente. Se a banda for competente, então... Aí neste último sábado eu estava à toa na vida e fui ver o show da noite de sábado do Sesc'n Blues. Quatro guitarristas.

Marcos Ottaviano, que montou o Blue Jeans, que era a banda de apoio dele e dos dois guitarristas seguintes. Quando eu crescer quero ter um jogo de pratos igual ao daquela bateria. E como o baterista sabia dar porrada nela! E ainda era o vocalista.

Luis Carlini, o cara que fez o solo de "Ovelha Negra". Ele é do Rock, mas deixou o blues mais alegre naquela noite. E eu não acreditei: sem que ninguém gritasse o famigerado "Toca Raul" ele vem e toca "Rock das aranhas" em ritmo de blues.

Andreas Kisser, aquele do Sepultura, jogando muito bem em casa (Santo André) mas em outro time (o do blues). Inesquecível a cena - e o som - dos três ajoelhados solando juntos. Eu já estava com vergonha por ter pago tão pouco prá ver tudo aquilo: cinco reais!

Quinze minutos de intervalo, troca de palco e da banda de apoio, e entra o quarto guitarrista: Danny Vincent, um argentino que adotou o Brasil como pátria e conquistou a platéia com simpatia e competência. Uma hora e meia de show que pareceram dez minutos. Pena que tinha uma menininha linda, de uns três aninhos, na platéia. Ela insistia em querer passear pela frente do palco. Roubou o show. No mal sentido.

O que é bom dura pouco. Três horas no total, prá ser mais exato. E olha que eu não gosto muito de blues!

Hoje já foi amanhã.

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