Barbeiragens

Todas as manhãs escuto a rádio CBN no trânsito. No comando do programa, o jornalista Heródoto Barbeiro. Ele é muito bom jornalista, mas tem um defeito na minha opinião: é um piadista mediano. Só me lembro de ter rido muito num comentário, que aliás foi feito pelo locutor (Laerte, se não me engano). Heródoto, o Barbeiro, comentava sobre a vaca ser um animal sagrado e algumas pessoas adotarem vacas de estimação na Índia. Aí começou a traçar um paralelo com os donos de cachorros que cagam nas calçadas (duplo sentido intencional - os cachorros e os donos que não limpam a sujeira estão ambos fazendo cagada) - imagina levar sua vaca de estimação para passear. E o locutor: Tem que sair com uma pá e um saco de lixo de 100 litros (PARAMPAM-TCHHHHHHH). Outro momento engraçado - constrangedor, na verdade - foi anteontem quando o Artur Xexeo matou a escritora Lya Luft tendo vários ouvintes como testemunha. Mas o que me irrita mesmo é quando ele começa a falar sobre futebol com as(os) repórteres que estão lá para falar de trânsito. Sinto que meu tempo está escoando pelo esgoto. Que papinho inútil e sem graça! Chega a ser pior do que o noticiário esportivo normal, em que todos os repórteres usam a mesma entonação empolada e cheia de expressões floreadas que tentam dar importância a uma coisa tão banal. Nessa hora mudo para a rádio Cultura (entre as 08:00 e 09:00) e escuto o programa do Salomão Schvartzman que é bem mais interessante, além de oferecer boa música. E à noite volto ouvindo um CD ou à rádio Brasil 2000 porque Juca Kfouri é bom mas é ruim.

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